Lavar ou não lavar o nariz? Eis a questão!!

Vamos de guia definitivo?

Se você já se perguntou se deveria lavar o nariz, saiba que não está sozinho. Este é um tema que gera discussões entre especialistas e curiosos. Afinal, a higiene nasal é uma prática essencial para a saúde respiratória ou apenas mais uma moda que serve bem aos vídeos de tiktok?

Vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre o assunto, desmistificando mitos e destacando os benefícios (e os cuidados!) dessa prática.

Por que lavar o nariz pode ser uma boa ideia?
O nariz é a “porta de entrada” do sistema respiratório e está exposto a inúmeros agentes irritantes diariamente, como:

  • Poeira
  • Ácaros
  • Poluição
  • Alérgenos
  • Vírus e bactérias

A lavagem nasal com solução salina ajuda a limpar as narinas e os seios da face, promovendo:

  • Alívio da congestão nasal: Remove o excesso de muco e alérgenos acumulados.
  • Hidratação das mucosas: Especialmente útil em ambientes secos ou com ar-condicionado.
  • Redução de sintomas alérgicos: Lava partículas que desencadeiam crises de rinite alérgica.
  • Prevenção de infecções: Ajuda a eliminar microorganismos antes que causem problemas.

Mas afinal … Como fazer a lavagem nasal corretamente?

A lavagem nasal deve ser feita com soro fisiológico ou soluções salinas apropriadas, disponíveis em farmácias.

Siga estas etapas:

Escolha o dispositivo certo: Existem seringas, frascos aplicadores e dispositivos de irrigação próprios para o procedimente como as garrafas de alto volume e o Lota ( o queridinho dessa otorrino aqui são as garrafinhas como o Nasoar ou Rinossoro alto volume).

Dica: você pode encontrar variações mais baratas em site de busca como mercado livre, procure por “lavagem de alto volume tipo nasoar”. A mais baratinha que aparece costuma ser uma que tem u

m botão em cima e funciona pela gravidade, dessa particularmente eu não gosto. Busque pelas garrafas que são “de baixo para cima” e você pode regular a força com que aperta, a mais barata custa cerca de 20 reais e chama “buba”.

 

Posicione-se adequadamente: Incline levemente a cabeça para frente e para o lado, para evitar que o líquido vá para a garganta. Manter a boca aberta também é dica legal, e para as crianças que engasgam mais podemos pedir para fizer “KA-KA-KA” enquanto o soro passa, além de distrair a criança, falar com esse som fecha o palato e minimiza chance de desconforto com engasgo.

Lave uma narina por vez: Injete a solução em uma narina, deixando-a sair pela outra ou pela boca. NÃO TEM PROBLEMA O SORO SAIR PELA BOCA!! 

Repita o processo: Lave a outra narina.

Dica: Use sempre soro fisiológico em temperatura ambiente ou levemente morno para maior conforto. O soro gelado pode ser desconfortável.

Mas lavar o nariz pode fazer mal?

Sim, se feito de maneira inadequada. Aqui estão alguns pontos de atenção:

  • Evite exageros: Lavar o nariz em excesso pode remover a camada protetora natural da mucosa nasal.
  • Higienize os dispositivos: Dispositivos mal limpos podem introduzir bactérias, causando infecções. Basta lavar eventualmente com água e sabão. 
  • Não use água da torneira, mesmo se for fazer o soro para lavagem em casa, de preferência a água filtrada.

 

Afinal ? Quem deve lavar o nariz? Todo mundo?  Todos os dias como escovar os dentes?

Não! 

A lavagem nasal é especialmente recomendada para:

  • Pacientes com rinite alérgica ou sinusite.
  • Pessoas expostas a ambientes com alta carga de poluição.
  • Indivíduos com sintomas de gripes e resfriados, para aliviar a congestão.

Nem todo mundo precisa incorporar a prática no dia a dia. Se você não apresenta sintomas respiratórios ou alergias, manter o nariz limpo com a umidade natural das vias aéreas pode ser suficiente.

Costumo orientar assim nas consultas: “Você toma dipirona todos os dias? Não né? toma quando tem dor. Lavagem nasal é assim também! Não precisa fazer todos os dias, mas precisa saber que é a melhor forma de resolver nariz entupido e fazê-la quando necessário.

 

Então, lavar ou não lavar?

A resposta é: depende! Lavar o nariz é uma prática benéfica quando realizada corretamente e com moderação. É uma ótima aliada em casos de alergias, obstrução nasal e exposição a poluentes, mas não deve ser usada como um hábito indiscriminado.

Lembre-se: se tiver dúvidas sobre a frequência ou a melhor forma de fazer a higiene nasal, procure um especialista em otorrinolaringologia. O profissional pode orientar o uso da técnica de forma segura e personalizada.

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